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Há poucos jogos pelos quais eu fico seriamente ansioso por jogar, mas Painters Guild é uma dessas raras excepções. Eu vi este jogo pela primeira vez no programa de Greenlight do Steam, onde apoiei e fui direccionado para a demo que estava disponível no site do jogo. A demo em si era entusiasmante e curta –  como as demos se querem – e eu fiquei com vontade de jogar mais do jogo. Mas o jogo ainda tinha muito por onde ser desenvolvido para além da demo e tive de esperar um ano para o poder jogar na sua totalidade.

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E valeu a pena a espera. O jogo era o que eu esperava e muito mais. Mas vamos começar pelo início, Painters Guild é management e simulator onde vocês estão a cargo de uma guilda de pintores durante o Renascimento. Começamos com o nosso próprio pintor e tentamos evoluí-lo (aka treiná-lo) de forma a pintar melhor, e como têm de construir uma guilda, têm também de adoptar aprendizes e evoluir esses mesmos aprendizes.

Enquanto jogamos vamos avançar no tempo e pintar quadro atrás de quadro, com isto subindo de nível e passando por várias fases da vossa vida, artística ou pessoal. Em termos de vida artística há duas fases pelas quais podem passar, a primeira é assim que chegamos a nível 30. A personagem vai ter de viajar por Itália para conseguir evoluir mais e mais tarde quando chegar ao nível 50 teremos de fazer uma obra que tornar-nos-á mestres. Quando nos tornamos mestres a nossa guilda ganha mérito que por sua vez se transforma num aumento de preço das nossas obras.

painters guild new version

Quanto à contratação de pessoas, podemos ver quais são as características delas de forma a fazer a melhor contratação, incluindo nisto a orientação sexual do menino/menina. Isto porque nesta época histórica isso era ainda menos bem visto do que actualmente, e as personagens homossexuais têm uma maior probabilidade de acabar por ir à prisão – ou de vos obrigar a pagar para não irem para a prisão – o que no grande esquema do jogo pode não fazer grande diferença. Mas é sempre um detalhe interessante e que eu me esqueceria.

Tirando a orientação sexual é preciso também termos atenção a outras características como o facto dele ser ou não preguiçoso, um génio, rápido, entre muitos outros factores que vão influenciar toda a nossa experiência com o jogo. Depois de o contratarmos temos três opções do que fazer com eles: obrigá-los a fazer tinta – algo necessário para produzir uma quantidade industrial de obras – fazer com que eles estudem ao lado dos seus mestres ou, caso precisem de mais pessoas para pintar, podem simplesmente pô-los “a render”.

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E o objectivo do jogo é fazermos o nosso melhor, pintar muito, treinar muito e é isso até que o Renascimento acaba e começa o período Barroco. Não sei até onde podemos jogar e não sei se o jogo tem fim. Muito sinceramente não sei. Eu joguei mais 140 anos para além do final do Renascimento, mas não consegui mais porque não valia a pena (pelos menos assim aparenta).

Para além do modo aparentemente infinito, há três localizações onde podem iniciar a vossa guilda Florença, Veneza ou Roma. As condições de início variam ligeiramente, desde o valor dos quadros em si até à qualidade final dos mesmos. Vale a pena experimentar os três? Sim e não. Se gostaram do primeiro jogo, uma segunda localização dá-vos algo de novo, mas se não gostaram não é algo que vá mudar os parâmetros do que o jogo é o suficiente para mudar essa opinião.

O bom: Jogabilidade simples, Boa quantidade de jogo, Estilo de jogo simples;

O mau: Não recomendado a pessoas que não gerem bem o stress.

Painters Guild é um exclusivo PC.