Nesta Caça ao Índio decidimos poupar um pouco as pernas. E para isso vamos ter de procurar formas alternativas de nos locomovermos neste mundo, cruel, e estranho, onde o Pacheco Pereira agora é amigo da esquerda outra vez. Nostalgia com os seus tempos de MRPP diria? Mas voltando ao assunto que nos traz hoje, o humor e o exagero pós-apocalíptico de Ironkraft – Road to Hell.

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Mad Max, Zombies, Nazis e Aliens. O que parece a tagline de um filme de série B, daqueles em que os zombies são feitos de neoprene é afinal a forma mais simples de descrever Ironkraft – Road to Hell, um divertido jogo do estreante estúdio Invoker Studios. O primeiro 2.5 side scrolling car-brawler que conheci (se existir algum que lhe anteceda no subgénero, por favor corrijam-me nos comentários) e que nos coloca num mundo alternativo pós-apocalíptico onde o Terceiro Reich venceu a Segunda Grande Guerra e a população mundial viu-se obrigada a viver em pequenas colónias isoladas.

Há muito de Mad Max (jogo e série de filmes) e Carmaggedon em Ironkraft. Todos os veículos são customizáveis, e temos de os preparar para os rigores das estradas entre colónias, que estão pejadas de zombies, nazis, zombies nazis e zombies-que-afinal-não-são-nazis-mas-são-salazaristas. As diversas missões decorrem entre pontos distintos do mapa, trocando alguns bens para os colonos dispersos pela Europa.

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A jogabilidade em si é tremendamente divertida com todos os exageros típicos de percorrer mapas ao estilo de um side scrolling platformer com um carro “quitado” para o pós-apocalipse. Ou o 10 de Junho no Pingo Doce.

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Há um brilhante exagero em todo o jogo, que na prática, não se leva muito a sério e acaba por tornar-se adorável por isso. Atropelar os nossos inimigos, colocar o carro a dar mortais no ar enquanto disparamos (literalmente, balas) pela estrada fora, faz deste Ironkraft um divertidíssimo indie ainda em Early Access. Apesar de possuir alguns bugs, e percebermos que ainda há muitos placeholders no jogo, a capacidade de armarmos o nosso carro da forma mais exagerada possível, a banda-sonora a piscar o olho aos Rammstein e todo o bom humor e jogabilidades over-the top garantem-nos uma potencial promessas do mercado indie para o início de 2016.